Desde que chegou ao Atlético, em dezembro, o técnico Vanderlei Luxemburgo destaca que só com um grupo forte será possível chegar às conquistas almejadas. Mesmo que a equipe ainda esteja em fase de maturação, isso já pôde ser observado na vitória suada, mas importante, sobre o Democrata-GV, sábado, no Mineirão, pela oitava rodada do Campeonato Mineiro.
Sem quatro atletas considerados titulares – o atacante Diego Tardelli, o lateral-esquerdo Leandro e os volantes Correa e Zé Luís –, o Galo apresentou dificuldades de entrosamento, o que foi superado pela vontade dos atletas. Os três pontos vieram em gol que contou com a participação justamente de reservas: Marques, que entrou no decorrer da partida, cruzou, a zaga cortou mal e Júnior, que substituiu Leandro, aproveitou bola rolada por Muriqui para fazer o 1 a 0.
Para o treinador, essa tem de ser uma constante no alvinegro. “Vou sempre usar o grupo, aqui não tem essa de time misto, como em outros lugares, todos têm de estar prontos para jogar. E os que entraram (contra a Pantera) provaram que estão”, afirmou.
O fato de a partida ter sido decidida por dois atletas veteranos, como Marques, de 37 anos, e Júnior, de 36, reforça a convicção do comandante atleticano de que eles ainda podem ser muito úteis. “São jogadores que, às vezes, não têm condição de atuar os 90 minutos na mesma intensidade, mas que podem nos ajudar bastante jogando 30 minutos”, argumentou.
Júnior chegou ao Galo em janeiro de 2009, quando o técnico era Emerson Leão, e foi titular nos primeiros sete meses de clube. Porém, depois que Celso Roth assumiu a equipe e, principalmente, após a chegada de Ricardinho, perdeu espaço, o que não mudou este ano.
Experiente, em momento algum ele reclamou da reserva, mostrando muito profissionalismo. Para ele, não há outra forma de agir. “Sempre conquistei minhas coisas calado, procurando me empenhar no dia a dia e mostrando meu valor em campo. Estou sempre trabalhando e os resultados acabam vindo. Surgiu esta oportunidade de jogar e eu estava preparado. Mas o importante é que aqui não temos 11 jogadores, mas um grupo, que é forte”, declarou Júnior, que deve voltar para a reserva com o retorno de Leandro, livre da suspensão.
Ele destaca que se sente bem no Galo e que está à disposição sempre que necessário. “Fico feliz pela confiança que o Luxemburgo depositou em mim. Sábado fui coroado com um belo gol depois de uma boa jogada do Marques e espero continuar ajudando não só com gols, mas com o meu futebol.”
Como outros atleticanos, Júnior sabe que o alvinegro teve muito trabalho para passar pelo Democrata-GV. Para ele, entretanto, o mais importante foi vencer, o que dá mais confiança para a sequência da temporada. “Se o gol tivesse saído antes, no primeiro tempo, por exemplo, o adversário teria de sair da retranca e as coisas talvez teriam ficado mais fáceis para nós. Mas a equipe está de parabéns”, afirmou.
JOGO ADIADO Hoje, a Federação Mineira de Futebol (FMF) deve se pronunciar sobre o pedido da diretoria do Atlético de adiar para o dia 23 os 25 minutos finais do jogo com o América-TO, interrompido quarta-feira porque o campo foi alagado pela chuva. A entidade marcou o término da partida para quarta-feira, novamente em Teófilo Otoni.
O clube da capital alega que Diego Tardelli e Correa se contundiram por causa das condições do gramado. Como Luxemburgo já havia feito duas substituições e Leandro foi expulso no primeiro tempo, o time terá de voltar a campo com nove jogadores caso a federação não adie o restante do jogo.
segunda-feira, 8 de março de 2010
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