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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Perigo nas alturas

Bola levantada na área alvinegra vem sendo sinônimo de gol adversário. Este é o grande problema do técnico Vanderlei Luxemburgo, que está cobrando mais atitude dos jogadores

A derrota por 4 a 3 para o Vitória, na noite de quarta-feira, no Barradão, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro, expôs os problemas defensivos do Atlético, que já haviam sido detectados em outras oportunidades. Se o ataque tem funcionado, o setor voltou a falhar, seja por erros individuais ou coletivos.

Um dos maiores problemas da retaguarda alvinegra tem sido as bolas aéreas. Foi assim, por exemplo, que saiu o segundo gol do time baiano, marcado por Schwenck, depois de cruzamento da esquerda – ele ainda marcou outras duas vezes, com Evandro fechando o marcador.

Dos 38 gols sofridos pelo Atlético este ano, 14 foram depois de bolas alçadas à área, incluindo-se não só partidas pelo Nacional, mas também da Copa do Brasil e do Campeonato Mineiro. Ou seja, 36,8% das vezes que teve a meta vazada foi depois da bola levantada pelo adversário.

Na goleada por 4 a 0 para o Prudente, pela segunda rodada, dois gols saíram de jogadas aéreas. Também foram dois gols dessa forma no clássico com o Cruzeiro, ainda em fevereiro, pela primeira fase do Estadual.

A situação poderá ficar ainda pior contra o Fluminense, domingo, no Mineirão. Afinal, o zagueiro Jairo Campos, um dos melhores no jogo aéreo da zaga, cumprirá suspensão por ter recebido o terceiro cartão amarelo. O técnico Vanderlei Luxemburgo poderá escalar outro “gringo”, o paraguaio Benítez, ou Lima, que acaba de assinar contrato, retornando ao clube que o revelou, ou ainda Sidimar, de 17 anos que acaba de subir para o profissional. Cáceres está servindo à Seleção Paraguaia.

Assim, Werley deverá ser mantido como titular, apesar das falhas. No gol de cabeça de Schwenck, por exemplo, deu liberdade para o atacante do Vitória subir. Para que os erros não voltem a ocorrer, os jogadores prometem muita conversa. “Perdemos para nós mesmos (em Salvador), vacilamos demais. Agora é erguer a cabeça, pois domingo tem outro jogo importante. Em campeonato de ponto corrido toda partida é decisão”, afirmou o volante Correa.

COBRANÇAS Independentemente da forma como estejam saindo os gols, Luxemburgo acha que está faltando atitude a alguns atletas. Sem citar nomes, ele se mostrou inconformado com a postura de certos comandados, que, segundo ele, precisavam ter apoiado o goleiro Marcelo depois que ele falhou no lance do terceiro gol, quando tentou dominar a bola no peito e acabou permitindo a Schwenck marcar.

“Se alguém não está satisfeito porque está acontecendo alguma mudança, pode pegar as coisas e ir embora. O Atlético, hoje, paga em dia, tem o melhor CT do Brasil, está num processo crescente. Então, ninguém pode ficar aqui mais ou menos satisfeito. Tem de estar aqui por corpo inteiro, se entregando, se doando o tempo todo”, advertiu o treinador, sem citar nomes.

Hoje, os atletas se reapresentam, à tarde, na Cidade do Galo, quando começam o treinos para o jogo de domingo. Não será surpresa se, além da mudança na zaga, o treinador mexer também em outros setores da equipe. Ele ganha opções para isso. Além de Lima, quem também já tem condições de jogo é o atacante Neto Berola, de 22 anos, e que estava no Vitória.

Quem também será apresentado hoje é o atacante e armador Daniel Carvalho, de 25 anos, e que vinha defendendo o Al-Arabi, do Catar. Ele assinou contrato por dois anos com o clube, mas precisará se recondicionar fisicamente para ficar à disposição de Luxemburgo.

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